A história do primeiro médico cubano que foi sabotado por duas médicas brasileiras (mas não deu certo!)

Acompanhem comigo este caso.

A diarista Gilmara Santos foi a um posto de saúde no bairro Viveiros, em Feira de Santana (BA), para que seu filho recebesse atendimento.

Lá encontrou o médico cubano Isoel Gomez Molina.

Ele atendeu a mãe e a criança de forma atenciosa, receitou dipirona para o tratamento e explicou detalhadamente a Gilmara como ela deveria aplicar o medicamento. Nas palavras dela:

“Ele me atendeu muito bem. Ele tratou meu filho super bem, porque tem médico que nem olha na cara da mãe e nem da criança. Ele me explicou direitinho como dar o remédio, disse ainda que a quantidade de gotas é definida a partir do peso da criança. Ele prescreveu 40 gotas, mas foi apenas um erro. Ele me disse exatamente o que eu deveria fazer, que era para dar apenas 10 gotas.”

Na receita entregue a ela, dizia que deveria dar ao filho 40 gotas de dipirona — “não em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, em caso de febre e dor”. Além de escrever desta forma, deixando claro que cada dosagem seria de 10 gotas, ele explicou direitinho à mãe, durante a consulta, e ela entendeu bem.

Eis que, ao ver a receita, outra médica — esta brasileira — “entendeu” que o médico havia sugerido uma dose única de 40 gotas, tirou uma foto da receita médica — que é um documento particular do paciente — e a publicou na internet, em uma rede social. Em seguida, um vereador, chamado José Carneiro (PSL), viu a foto na rede social e resolveu denunciá-la na Câmara Municipal e para a imprensa. Quando perguntado por repórteres, ao que tudo indica, mentiu, dizendo que Gilmara é que o tinha procurado para fazer a denúncia, o que ela negou veementemente.

Nas palavras de Gilmara, mais uma vez:

“Quando eu voltei, uma outra médica me atendeu. Como eu ando em mãos com todas as receitas que passam para meu filho, eu cheguei a mostrar para essa médica, que chamou outra colega. Aí elas tiraram uma foto e postaram na internet. Foi aí que o vereador ficou sabendo e tudo isso começou. Acho que isso é uma postura antiética da médica. Querem prejudicar os cubanos, porque eles atendem bem.”

Além de Gilmara, cerca de 300 moradores de Viveiros fizeram um abaixo-assinado em defesa do médico cubano e pedindo sua continuidade no posto de saúde da comunidade. Os enfermeiros do posto de saúde organizam uma festa para ele, que voltará ao trabalho hoje, porque, nas palavras de uma enfermeira “ele é um médico que chegou e que nós adotamos pelo carisma que ele tem, pela bondade que ele apresentou com a gente e pela presteza em não atender de cara feia”.

O resumo que entendi dessa história toda: o médico, que teve nome e foto expostos como um criminoso, que apareceu no telejornal como “o médico que receitou dose errada“, merece, na verdade, um prêmio, pelo excelente atendimento que vem prestando, conforme os enfermeiros, Gilmara e as outras 300 pessoas da comunidade. O vereador, que mentiu ao declarar que Gilmara havia procurado ele, não sofrerá qualquer punição. E as outras médicas, as brasileiras, que agiram de forma antiética ao divulgar em uma rede social a foto de uma receita de paciente que nem era dela, que tiveram nomes e imagens preservados, tampouco sofrerão qualquer punição, nem mesmo de seu Conselho Regional de Medicina. Eu gostaria de saber quem são elas, será que alguém pode me dizer? Não quero, jamais, correr o risco de ser atendida por alguma delas e ver minha receita médica numa página do Facebook.

Pra mim, este caso concreto do “primeiro profissional do Mais Médicos afastado”, como se noticiou com alarde — que na verdade poderia ser o “primeiro médico sabotado do Mais Médicos”, já devidamente inocentado (de cara, pela própria suposta vítima) e já devolvido a seu consultório — ilustra com perfeição tudo o que foi debatido neste blog, entre julho e agosto.

Para quem não acompanhou, aí está:

Muito obrigada por aguentar tudo isso, doutor
Muito obrigada por aguentar tudo isso, doutor Isoel. Espero que o senhor não desista, porque há muitos brasileiros precisando de seu precioso trabalho! (Foto: Silvio Tito/Prefeitura de Feira de Santana)

OBS.: Post feito com base nas seguintes reportagens da “Folha” e do G1: 01, 02, 03, 04 e 05.

Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

75 comentários

  1. Vc pensa o mesmo do médico que não soube tratar um caso de raiva humana e permitiu a morte de uma criança? Ou isso também vai ser culpa de algum médico brasileiro?

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    1. Não conheço esse caso. Mas fique à vontade para divulgar por aqui.
      De qualquer forma, estou falando de outro caso totalmente diferente, de um médico cubano que foi sabotado por duas médicas brasileiras e por um vereador. As cinco reportagens que tratam do assunto estão linkadas ao pé do post 😉

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    2. E o que você pensa das milhares e milhares de pessoas que já morreram por negligência de médicos brasileiros??

      Ou seja, vc não tem argumentos… Morrem pacientes por mau atendimento tanto de médicos brasileiros, cubanos ou onde quer que seja!

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      1. Também achei estranho! Eu também achava que não existia tratamento para raiva.

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    3. SÓ PARA COMPLEMENTAR …MAIS CASOS …AQUI NO PARANÁ…UMA CRIANÇA …na praia em matinhos…jogando bola caiu e machucou o braço…levaram ao posto do hospital…o 1° médico constatou luxação …deu dipirona…a noite o menino não aguentava de dor….a familia resolveu voltar p/ CURITIBA…E LÁ FORA AO HOSPITAL(PLANO DE SAUDÊ)…O 2° médico mesma coisa é só luxação…DIPIRONA…..casa…1 ou 2 dias …a dor estava intensa….voltara ao hospital…3° médico…CONSTATOU ROMPIMENTO DE UMA VEIA CALIBROSA NO PULSO…IMEDIATAMENTE ….DERAM MORFINA PARA O MENINO…GRAÇAS AOS MÉDICOS QUE ATENDERAM 1° …O MENINO MORREU HORAS DEPOIS……VOLTARAM AO HOSPITAL DE MATINHOS…ALEGARAM QUE NINGUEM HAVIA SIDO ATENDIDO LÁ……..ENTÃO NO BRASIL MÉDICOS ERRAM E FEIO…AQUI EM ARAPONGAS UM menino tbém quebrou o tornozelo e os médicos alegaram que era só um entorce…qdo descobriram era tarde…havia gangrenado o local …pois estava quebrado…e graças aos médicos…ele morreu..só o 3° médico avaliou que ele tinha fratura…simplesmente não fizeram um RX….é só digitar menino do norte do parana que morreu por causa de tornozelo quebrado….e depois ver as desculpas do secretario da saúde….

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  2. Me desculpe, respeito a sua opinião, mas realmente houve erro nesse caso. Tem que se escrever na receita o que se orienta ao paciente. E se o pai da criança, que não foi orientado, visse a receita e desse as 40 gotas de Dipirona de uma vez para a criança? Parece que nesse caso, a mãe foi muito bem orientada ($$$$) a defender esse cubano. E, quando não se comprova a capacidade de exercer a medicina, as duvidas aumentam, não é mesmo?

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      1. Não, o correto seria: 10 gotas de 6/6 hs se dor ou febre. 40 gotas de Dipirona, em uma unica administração, pode causar efeitos colaterais graves em uma criança de 10 kg. Na minha opinião, a mãe viu que era uma dose excessiva, procurou outro atendimento, e depois que houve essa repercussão toda, trataram de mascarar o erro com uma desculpa, e orientar muito bem a mãe…

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      2. É uma hipótese… De qualquer forma, achei um estardalhaço desnecessário, causado pela má-fé das duas médicas em publicar a receita da paciente no Facebook. Fico feliz que o médico passe por um reforço no treinamento sobre como é a prescrição no Brasil, para que ele não se sujeite a isso de novo.

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      3. Existe uma forma correta para se prescrever os medicamento! Não é correto deixar a responsabilidade para o paciente ou para seu responsável dividir a dose diária pelo número de doses. Gostaria de saber se o profissional tem revalida ministrado pelo Conselho Federal de Medicina! Devemos julgar com mais propriedade assuntos importantes e éticos, para não incorrermos no mesmo erro que estamos a cobrar.

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      4. Houve erro sim…
        Há um padrão internacional de prescrição médica.
        Trabalhei durante 4 anos na Austrália como médico. Fui prá uma área de necessidade onde mesmo precisando do profissional eles não abriram mão da comprovação de proficiência(coisa de país sério).
        Sou médico brasileiro. Tenho orgulhoso da minha profissão e competente no que faço. Mas, de repente, médico brssileiro passou a ser sinônimo de incompetência e médico cubano, de wualidade, eficiência.
        Pessoas/profissionais são bons ou ruins independente de nacionalidade.
        Está-se polarizando uma situação com extremismo e isso pode ser ruim prá todo mundo. Lamentável!!!

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      5. Também não acho que a polarização seja o melhor caminho. Mas vejo que muitos brasileiros estão com experiências negativas entaladas na garganta, que dizem respeito à saúde pública como um todo, mas também ao atendimento prestado pelos médicos, em alguns casos. Não é incomum ver erros médicos acontecendo (basta ler os comentários deixados neste post), de diagnóstico ou tratamento, atendimentos ultrarrápidos, médicos que nem olham na cara do paciente, outros que batem ponto e vão embora etc. Mas é claro que há também os excelentes profissionais, que infelizmente têm sido vistos como exceção. Eu acho que essa polarização do discurso foi gerada, em parte, pela colocação dos CRMs quando do anúncio do Mais Médicos, que optou por “demonizar” os estrangeiros em vez de trazer soluções para o debate. A população, com aquele osso entalado na garganta, resolveu tomar partido daqueles que eram demonizados. E a coisa foi só se agravando…

        De qualquer forma, desejo de coração que todo esse debate termine bem. E que os médicos brasileiros aproveitem a situação de grande crítica ao trabalho deles para fazerem, também, uma AUTOCRÍTICA. Autocrítica é coisa quase que corriqueira na minha profissão. A gente tem ombudsman, tem leitor que manda email xingando diretamente o jornalista por um texto escrito, tem mil e um colegas para fazer esse trabalho etc. Também deveria ser assim em outras profissões: como na medicina, com médicos percebendo onde podem melhorar, com CRMs aumentando fiscalização para punir os maus profissionais e dar destaque aos bons, com o MEC aumentando a fiscalização sobre as más faculdades de medicina, com exames ao estilo do Revalida sendo aplicados aos médicos, brasileiros ou não, enfim, com todo um mutirão para tentar tornar a saúde pública uma questão realmente séria — sem tanta política, mas também sem tanto corporativismo! (Como venho defendendo desde o primeiríssimo post sobre o debate que coloquei aqui no blog: https://kikacastro.wordpress.com/2013/07/08/a-polemica-dos-medicos-estrangeiros/)

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    1. E Marcelo, sem contar que vc respondeu sua própria pergunta. Se ele não foi orientado, é óbvio que não deveria estar ministrando um medicamento, seja ele qual for, não importando quem ele seja, pai, mãe, papa, neymar ou a dilma, se ele não estava lá na consulta muito menos recebeu orientação, vai até da consciência dele fazer algo que não foi pedido por ele.

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      1. Claro e óbvio que está caracterizado a má fé das colegas da Unidade de Saúde. Os profissionais de Cuba estão se dando muito bem e principalmente com a forma de atendimento. Escuta o paciente e orienta muito bem na hora da prescrição. E ao que fiquei sabendo, as duas médicas brasileiras alteraram a receita. Alteraram o 1 para 4, que realmente não é difícil de fazer. É muito mau caratice. Exzpulsão pelo Conselho é pouco por este ato criminoso.

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      2. o maior problema dos medicos brasileiros sao eles mesmos, pois grande maioria julga-se
        o melhor dos melhores, chegando algumas vezes a pensar ate que sao deuses, que tudo sabem,e que sao melhores que os demais seres humanos,so’ porque sao ricos e possuem dinheiro e o conhecimento sobre qual remedio prescrever para determinada doenca,
        Srs. medicos, por favor tratem as pessoas como seres humanos, pois um animal em pet shop ou clinica veterinaria e’ muitas vezes melhor tratado que um ser humano

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    2. Marcelo, pela sua maneira de expressar aqui, percebe-se que vc frequentou escola e deve ter uns dois ou três diplomas, enquanto que a diarista do bairro Viveiros – Feira de Santa, provavelmente tem um só diploma e talvez nem isso, mas posso afirmar sem medo de errar que mesmo tendo estudado menos do que vc, ela aprendeu muito mais! tanto que é capaz de entender que 40 dividido por quatro são dez, coisa que vc ñ foi capaz de entender! e o pior de tudo que vc ñ fica nem um pouco constrangido em expor aqui o quanto vc é burro!!!

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      1. Vilson (e vale pra todos), eu queria pedir, por favor, que mantenham a argumentação sem ofender as pessoas que pensam diferente. O Marcelo apontou que existe um padrão de se escrever a receita, e fez isso de forma educada. Podemos contestar também de forma educada? Abs

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    1. Você Silvia Amélia de Araújo não devia se dirigir as pessoas de forma;tao taxativa POBRE saiba que tanto o pobre como o rico são seres humanos E o que vemos nos noticiários é que os ricos é que se vendem, roubam e roubam do pobre, que foram criados por Deus, sua opinião é vergonhosa e preconceituosa. As pessoas que estavam lá da comunidade não foram pagas, mas sim bem tratadas pelo médico Cubano boicotado, ok? Infelizmente alguns médicos brasileiros se sentem deuses e acima do bem e do mal, visam unicamente o status e o dinheiro que essa linda profissão trazem.

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  3. Toda a atitude das médicas brasileiras e do vereador é eticamente errada. Mas o médico cubano errou sim, e errou feio. Na receita deveria estar escrito dez gotas de 4 em 4 horas, e não 40.

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    1. Seria tão simples resolver essa situação.
      A médica que fez o atendimento seguinte, poderia muito bem chamar o colega cubano e informar como o medicamento não Brasil é passado para o paciente, mas ela achou por melhor tentar prejudicar o colega.
      Triste realidade, para que ajudar se eu posso F… com o outro!!!

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  4. Como eu gostaria que minha profissão fosse tão corporativa quanto a dos médicos brasileiros. É incrível como não se acha UM médico brasileiro para atestar um erro de outro médico brasileiro. É quase impossível comprovar um erro de médico brasileiro. Tenho um tio que foi fazer cirurgia no joelho para continuar treinando Kung Fu (era forte como um touro) e nunca mais voltou a andar, falar e expressar emoções… um médico brasileiro o operou com todas as condições… vocês acham que ele foi responsabilizado? Ou mesmo o hospital?
    Agora, para ridicularizar médicos que aceitam míseros R$ 10 mil/mês, forçando para baixo o salário da classe, daí praticamente TODOS os médicos brasileiros ficam contra o estrangeiro…
    Meu desejo era que fossem tão rigorosos assim também com seus pares brasileiros que também erram, e muito. E também que denunciassem médicos que só batem ponto e não trabalham pelas horas contratadas.
    Acho válido sim a crítica aos colegas estrangeiros, pena que em se tratando dos nacionais o que impera é a hipocrisia…

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    1. Os CRMs julgam e condenam vários médicos, médicos com CRM, profissionais que trabalham dentro das leis brasileiras, mas que foram acusados de alguma irregularidade. Os profissionais independente de qual profissão estão submetidos a trabalharem e exercerem sua profissão segundo normas de seus conselhos. Vamos nos informar melhor para não emitirmos opiniões equivocadas!

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      1. Acho que você não entendeu o que o amigo quis dizer, ele está falando que os médicos brasileiros não denunciam seus colegas e quando o paciente o faz, eles não atestam o erro. E não falando dos conselhos, pois esses só julgam quando há denúncia.

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    2. Eu lhe dou razão. Tenho um caso na família em que um hospital errou feio, resultando em óbito. A família tentou jogar segundo as regras (éticas) dos médicos, mas está enfrentando forte resistência dentro do CRM local. A família pretende ir à Justiça e escancarar para a sociedade como esses Conselhos funcionam. Uma vergonha!

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  5. Ah!… mas médico é corporativista sim!!!

    E outra, história vivida por mim: um médico BRASILEIRO disse que meu amigo estava com problemas de estômago – receitou Omeprazol – e o cidadão com lingua enrolando e braço dormente! Aí a esposa diz: Mas DR., não seriam sintomas de avc??? Se fosse, eu saberia. Foi a resposta dele.
    Pois hoje, devido ao atraso do diagnóstico, o cidadão está lá, na fisioterapia e fono.

    E aí??? NENHUM médico do hospital – de Belo Horizonte – todos nascidos na cidade, assumem o erro do “colega”.

    Revolta, é isso. A minha, claro.

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  6. Também fui vítima de médicos brasileiros
    Com 18 anos, tive uma crise forte de asma (sou asmática, desde criança). Mas aquela crise estava fora do comum, era terrível. Na segunda-feira, o médico me diagnosticou com asma mesmo. Piorei. Na terça fui ao pronto socorro, e outro médico me diagnosticou com pneumonia. Na quarta, voltei ao PS, muito mal. Outro médico disse que não era pneumonia, mas asma. Na quinta, voltei porque não conseguia respirar, precisava de inalação. Outro plantonista confirmou se tratar de asma. Só na sexta, um médico mais humano resolveu me examinar de verdade, e após horas de exames, fui diagnosticada com alveolite do pulmão, que é algo mais grave e que exigiu um tratamento longo com antibióticos fortes. Quer dizer…

    Anos mais tarde, tive uma crise de asma, dessa vez não tão forte, mas precisava de ajuda para respirar. Era época daquela famosa gripe asiática, lembram? Enfim. O médico me examinou e, aos berros, chamou a enfermeira, pediu uma cadeira de rodas, que eu precisava de internação imediata. Olhei pra minha mãe com cara de espanto, porque eu sabia que só precisava de uma inalação. O médico olhou pra mim e disse: o que vc tem é gripe asiática. É muito grave! (disso isso me dando bronca, ainda por cima). Só sei que ele me deu um monte de remédio intravenoso, jejum absoluto, e a meia noite comecei a sentir dores fortes, azia. Eu e a minha mãe estávamos muito incomodadas com tudo aquilo, porque não confiamos nada naquela diagnóstico. Minha mãe chamou o tal médico e disse que eu não estava bem. Aos berros, ele disse que era óbvio eu não estar bem, afinal…eu estava internada. Alguns minutos mais tarde vem a enfermeira com mais um remédio. Minha mãe perguntou o que era, e era algo pro estômago. Começamos a rir (nessas alturas eu já tinha feito a inalação e já estava melhor) porque era obvio que a azia era pelo jejum e aquele monte de remédio. A enfermeira estava sem graça, porque concordava totalmente conosco, mas não podia nem ousar em discordar de um médico. Minha mãe a fez jogar o remédio na pia, sob a condição de não abrir a boca. Daí ela escreveu uma carta ao diretor do hospital, assinamos, e ela foi lá entregar. O diretor do hospital desceu, me examinou, fez uma cara de “nossa, que absurdo mesmo…” e me liberou. Isso num hospital particular de minha cidade. Enfim, tenho muita raiva desse corporativismo que manipula as pessoas, fazendo-as acreditar que médico do Brasil, sim, que é bom. Com raras exceções, a maioria dos médicos do país só quer ganhar dinheiro, basta participar de uma rodinha de médicos pra ver: só falam de dinheiro. Meu avô era médico, atendia por amor a profissão e deixou apenas um apartamento e um carro para a minha avó. Ele certamente apoiaria o programa Mais Médicos. Desculpem o desabafo e o post gigantesco.

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    1. Obrigada por compartilhar sua história, Grazi. Acho que todo mundo já passou por erros de diagnóstico com médicos brasileiros, ou erros de tratamento. Alguns mais graves, como no seu caso, outros menos.

      Comigo já aconteceram dois erros, felizmente no grupo dos “menos graves”. Relatei eles num post de 2 anos atrás: https://kikacastro.wordpress.com/2011/12/02/melo-do-gripado/

      “Quando fiquei gripada de novo no começo deste ano, com garganta inchada etc, fui ao médico, depois de quatro horas na fila durante uma noite chuvosa de domingo, e avisei que não podia tomar nada com fenilefrina.

      Ele me indicou um remédio com fenilefrina, como fui descobrir na farmácia.

      Em outra ocasião, em que minha garganta estava soltando pus e ardendo feito o diabo, o médico que me atendeu (sempre horas de fila depois, e olha que é plano de saúde) disse que era uma faringite virótica e me receitou um paracetamol da vida.

      A garganta piorou, piorou, virou um monstro, e tive que voltar a outro médico, que viu que era uma amigdalite causada por bactéria e me receitou o antibiótico que eu já deveria estar tomando dias antes.”

      O caso da fenilefrina me pareceu o cúmulo do pouco caso, porque é um remédio que me causa taquicardia e eu tinha alertado o médico, com todas as letras, e ele ignorou.

      Também já passei por outras situações ruins com médicos, mas prefiro não divulgá-las por aqui.

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      1. Olha, todo brasileiro tem alguma história de mau atendimento ou erro de nossos profissionais. Também tenho. Em Governador Valadares, no dia 13 de abril de 1976, o Hospital São Lucas do José Lucas, omitiu atendimento a minha filha recem-nascida e ela veio a óbito. Tentei justiça, fiz denúncias, fui para o INSS tentar a suspensão do convênio. Só consegui fazer a denúncia e tornar público o fato na época. Este cidadão continua aprontando e com impunidades. ´´E muito difícil punir estes profissionais irresponsáveis. Este tal de Dr. José Lucas em Governador Valadares continua do mesmo jeito.

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    2. Adorei seu post, muito bom!!! E ainda existem médicos como seu avô Grazi que trabalham por amor a profissão e para se manter também, mas infelizmente a maioria dos médicos brasileiros querem viver em um mundo isolado do nosso e nos dão apenas algumas migalhas com o atendimento ruim. Digo isto me referindo a maioria e não a todos.

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  7. Seria legal se alguma ONG, ou algum voluntário, ajudasse a dar andamento a um processo de danos morais e etc. contra a médica que postou a receita, contra o vereador, e contra a rede de televisão que veiculou a notícia na Bahia. Acho que o médico cubano merece uma retratação. E não adianta esperniar, os médicos estrangeitos chegaram para ficar, e logo vai ficando claro que são mais capazes do que alguns dos nossos conterrâneos, até porque possuem uma formação mais humanista, o que faz toda a diferença. Muito feliz o comentário da colega que lembra que quem está avaliando de forma positiva o trabalho do médico é a comunidade que está sendo atendida. Só mesmo um alienado mental para por em discussão quem seria o titular do direito de avaliar o serviço que lhe é prestado. É muito sintomático que um médico venha dizer que só outro médico é capaz de avaliar sua capacidade, muito conveniente e covarde essa posição. Deixemos que a população atendida diga quem é realmente bom médico e quem não é.

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  8. Acusado de um erro que ele nem sequer cometeu e a mãe do menino estava satisfeita com o atendimento dele e tinha entendido o que ele havia receitado. Como alguém pode achar argumentos contra isso? Só mentindo (vereador) e agindo de forma antiética (as médicas).
    Pior do que uma receita médica que diz “40 gotas, divididas em 4 vezes”, é uma receita médica escrita às pressas com letra ilegível e um médico que te explica na pressa como usar a medicação para poder te despachar logo e nem sequer preocupado se você entendeu o que ele disse.Quem nunca passou por isso?!
    ps- Cristina, eu costumava acompanhar sua coluna na Folha e agora leio sempre seu blog. Adoro! Você é top 😉

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    1. E vale lembrar Gabriela Dias que as vezes colocam até nosso nome errado no receituário. Adorei também a reportagem vou seguir agora rsrsrs.

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  9. Engraçado os médicos que criticam a receita o médico sem nem sequer vê-las. Porque estes não estão lá em Viveiros para prescrever as receitas “corretamente” ???

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  10. A verdade é que quanto mais os médicos brasileiros tentam desmoralizar os colegas estrangeiros, mais mancham a própria imagem. Por não existe argumento capaz de convencer alguém de que é melhor um posto de saúde vazio do que um posto com um médico estrangeiro em lugares para onde os brasileiros não querem ir. A recepção do cubano na volta ao trabalho, com flores, orações e música, não deixa dúvidas de quem saiu bem e quem sai mal da história. (PS: e haja patrocinador para pagar uma comunidade inteira, heim?)

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    1. o bairro Viveiros é um dos mais carentes da periferia de Feira de Santana! carente de infra estrutura, saúde etc, e duas médicas ñ era suficiente para atender a população do bairro, visto que a maioria dos médicos brasileiros que atendem em postos de saúde no Brasil, atendem no máximo uma hora, o que obriga alguns a cortar o orçamento doméstico para juntar dinheiro e pagar alguma consulta e até mesmo exames laboratoriais, mas com a vinda dos médicos estrangeiros que atendem em tempo integral, consequentemente atendem mais pessoas por dia, o que faz com que os médicos brasileiros que atendem nos postos de saúde percam algumas consultas e é isso que deixa eles revoltados e deve ser isso que aconteceu em Feira de Santana com o cubano atendendo mais pacientes por dia as duas médicas brasileiras devem ter perdido alguns pacientes nos seus consultórios e revoltadas com isso resolveram sabotar o médico cubano!

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  11. Tudo que está sendo dito aqui parte de pessoas que “ouviram falar”. Prefiro mil vezes acreditar nas pessoas que foram atendidas e que trabalham com ele. Nesse caso específico pode-se notar que houve a má fé das médicas cretinas que divulgaram a receita, do vereador inconsequente e mentiroso e da imprensa sempre tendenciosa nesses casos. Esse fato também escancara uma realidade muito dura dos médicos brasileiros. Eles são: mal educados, carrancudos, não sabem tratar um ser humano como tal, não respeitam nem os colegas de trabalho e estão se sentindo ameaçados por esses médicos estrangeiros que vieram mostrar para os brasileiros que médicos não são deuses.

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  12. Maxuel, falou tudo. Vieram mostrar que não são deuses, isso mesmo!!! Concordo plenamente que os médicos precisam ser bem remunerados, porque a profissão exige grande responsabilidade e muitos anos de estudo e investimentos. Mas daí, aceitar numa boa que uma classe profissional voltada para a saúde do ser humano, seja hoje uma classe de pessoas milionárias (há exceções) que cobram 300, 400, 500 reais em uma consulta que as vezes não dura meia hora…ficam esnobando seus consultórios que são, muitas vezes, obras faraônicas, caríssimas…na minha cidade os médicos estão construindo verdadeiros palácios para atender seus clientes, e não mais pacientes. Essa gente que não quer os médicos cubanos. Mas eles querem atender pobre?? Querem tratar de diarreia?? Não, porque hoje o que prevalece é a máfia dos exames laboratoriais, é a medicina estética, é a dermatologia com seus produtos caríssimos associados ás farmácias de manipulação. To falando besteira??? Os médicos de hoje não sabem fazer diagnóstico, pedem trocentos exames carísssssimos que exigem da nossa parte os convênios de saúde mais caros. A situação é de caos e de total desrespeito ao ser humano. Isso que estou falando da minha realidade, de quem tem plano de saúde caro, e paga consultas, porque grande parte dos médicos está saindo fora dos convênios. Só se busca dinheiro e riqueza. To de saco cheio cheio disso. Os médicos reclamam que os convênios pagam em torno de 60 reais a consulta, e, por isso, eles saem e decidem cobrar exorbitâncias. Não dava pra cobrar 150 e todo mundo ficar feliz???? Bem vindos, médicos estrangeiros, que venham mais e mais. O Brasil precisa disso;

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    1. Grazi, depois de 50 e muitos anos, chegou minha vez de dar uma checada na saúde, visto que nos últimos meses percebi que minha pressão estava alterada, passei pelo ambulatório médico da empresa que eu trabalho e lá me encaminharam para um cardiologista que atende pelo meu convênio que é UNIMED, tive duas consultas com este médico; a primeira em que ele me atendeu já com o resultado de um eletrocardiograma que eu tinha feito antes de ser atendido, entrei no consultório o médico me mandou sentar e nem olhou pra mim, conversou comigo enquanto olhava o resultado do eletro mas nem sequer me perguntou quais os sintomas eu tinha sentido antes de procurá-lo e a consulta ñ durou nem dez minutos, me encomendou uma série de exames e marcou retorno para quase três meses depois, fiz todos os exames que ele pediu e enquanto esperava o dia do retorno eu imaginava que com todos os resultados na mão, que o médico ia me atender com mais tempo para saber o que tinha sentido depois da primeira consulta, ledo engano! me falou o resultados dos exames, mediu minha pressão e ia me receitar o mesmo remédio da primeira consulta, foi quando eu consegui falar para ele que o remédio que ele tinha me receitado tinha sido bom num primeiro momento mas que começou a fazer efeito contrário e que eu estava tomando um outro que um médico do pronto atendimento de Beneficência Portuguesa havia me receitado, aí ele só perguntou o nome do remédio e me prescreveu ele também mas em dose dupla e nem mesmo me perguntou se o MAPA (quando a gente coloca uma aparelho de medir pressão programada para ser de 15 em 15 minutos durante 24 horas) cujo resultado diagnosticou que não havia tido nenhum tipo de alteração de pressão que preocupasse, mas mesmo assim me receitou o tal remédio em dose dupla, só que eu ñ vou tomar como ele prescreveu, visto que minha pressão está normal comigo tomando uma só dose por dia.

      Postei este comentário aqui só para ressaltar o pouco caso em que a maioria dos médicos brasileiros nos tratam! olha que eu tenho um ótimo plano de saúde e mesmo assim quando precisei de atendimento médico, fui tratado com descaso!

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      1. Muito bom Vilson Divino ter compartilhado sua triste experiência aqui no blog. Dá pra imaginar como são tratados os pacientes nos postos de saúde por alguns médicos? Se com a UNIMED você foi tratado com esse descaso e tendo condições de fazer todos os exames laboratoriais, podemos imaginar como muitos de nossos semelhantes são tratados pela maioria dos médicos… infelizmente

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      2. Sabe, Vilson. Eu, vc e todos que entram neste debate, somos pessoas esclarecidas e temos capacidade crítica para percebermos quando um médico está enganado ou mesmo nos atendendo de forma insatisfatória, ainda bem!! Temos senso crítico para ir até a diretoria do hospital e jogar o remédio errado na pia, como fez a minha mãe, ou para buscar orientação de outro especialista e alertar ao médico quanto ao erro. Daí fico pensando na grande parte dos brasileiros, que de tão humildes jamais teriam essa mesma OUSADIA!!! Como fazem? Acredite, o pai da minha empregada doméstica e da funcionária da loja dos meus pais morreram por causa de uma apendicite!!!!!! Isso é chocante, por que acompanhamos a saga deles para conseguir um diagnóstico e depois um internamento. Não deu tempo e morreram de uma coisa que poderia ter sido resolvido nas mãos de um médico competente… me arrepia pensar nisso.

        Tenho uma situação interessante pra contar. Houve um caso de tuberculose na minha empresa e precisamos todos ir para um posto de saúde, em busca de exames e possível tratamento, pois só o SUS trata de tuberculose. Pois bem. No dia, antes de ir ao trabalho, estava eu, super bem arrumada, de salto, camisa, casaco, cabelo preso e, arrumadona assim, entrei num posto de saúde do SUS. A visão que tive foi a do cotidiano de quem depende do SUS, mas a mim, gerou um mal estar enorme…filas intermináveis, pessoas pelo chão, abafado, sem ventilação, e funcionários nitidamente destratando aquele povo…uma tristeza. Alguém me viu ali e me chamou de forma muito cortês para saber do que eu precisava. Falei da necessidade do exame e já me encaminharam rapidamente com a maior delicadeza, me passando na frente de todos, mas não tive tempo nem de reagir, pois poderia ser devido a tuberculose. Chegando na sala, uma enfermeira me atendeu COM BEIJINHO!!!! Me orientou sobre a doença, fez o exame com carinho e sorriso, respondeu a todas as minhas peguntas, prontificou-se a me ajudar caso precisasse, etc. Saí de lá com a sensação de que tinha sido bem atendida porque estava bem arrumada….por fora daquela sala não havia aquela atmosfera confortável, carinhosa…Fiquei me sentindo privilegiada e culpada, vendo aqueles pobres lá da fila…Daí lembrei dos pais de nossas funcionárias, que não eram bem vestidos, não tinham o mesmo nível de esclarecimento, e ao invés de serem chamados rapidamente, ficaram ali, igual aos pobres que estavam na minha frente, no mesmo lugar, enquanto eu já havia sido atendida. Triste.

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  13. Eu tive uma experiência bem traumática quando meu filho nasceu. Fui submetida a uma cesárea em um hospital particular que já foi frequentado até pela filha da Xuxa e nem assim tive tranquilidade. Após o nascimento do meu filho, toda a equipe foi embora e ele apresentou dificuldade em mamar. O hospital, apesar de realizar vários partos, não tinha um pediatra….o berçário era comandado por uma fonoaudióloga! Que cismou que meu filho era sindrômico, apesar de todos os testes no nascimento dele terem atestado o contrário. E assim foi minha estadia naquele hospital….o tempo todo meu filho sendo furado para medição de glicose, quando o único problema era o fato dele não querer mamar…assim como não mamou em nenhum outro momento. Hoje ele tem 9 anos e uma saúde de ferro!

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    1. Agora Juliana se tendo condições em ser atendida num hospital desse porte ocorreram tantos erros, imagina no posto de atendimento do SUS onde eles atendem 20 a 25 pessoas em 1 no máximo 2 horas?

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  14. Gostaria muito que esta médica q postou foto da receita fosse processada, pois pois divulgou um documento que é sigilososo e o fez sem autorização da mãe. Chega de impunidade, essa direita reaça tem que começar a pagar por seus crimes.

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  15. Meu primo estava com um berne no olho. O pai levou em três médicos, em João Monlevade e São Domingos do Prata e ambos falaram que era conjuntivite, pois o olho purgava bastante. Quando eu olhei para o menino comecei a rir. Perguntei a ele se estava falando sério, pois tinha uma larva de mosca no olho do menino e era bem visível, aí eu pus um pedaço de toucinho de porco e o berne passou para o toucinho. Mas os médicos brasileiros não erram, são perfeitos e devem receber super salários para nem olharem direito para a cara do paciente.

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    1. Paciente se interna pra operar perna direita e os que são irresponsáveis e incompetentes operam a esquerda, cometem erros terríveis e o pior erro que elas cometeram foi expor a figura do colega de profissão, ela precisa ser punida.

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  16. Os médicos brasileiros e o CRM deveriam de se envergonhar com o desserviços que prestam aos brasileiros, em especial a camada mais sofridas. Tomara que eles tenham a humildade de querer aprender com os médicos cubanos.

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  17. …Estava trabalhando quando recebi a noticia por telefone de que o meu filho de apenas 6 anos estava no pronto socorro de Sao Goncalo RJ, e la ficou por horas esperando atendimento…. Nao havia sequer um medico ou enfermeiro disponivel para atende-lo e o meu filho quaze que inconciente foi atendido por uma Medica Boliviana (nao me recordo) pois os demais estavam ocupados assistindo a selecao Brasileira jogar. A Medica constatou de que tratava de principio de meningite e prontamente o transferiu para um Hospital adequado, quaze perdi o meu filho por conta disso, e hoje nao estaria com ele se nao fosse a boa-vontade desta Medica enviada por Deus.

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  18. Dos politicos esta é uma postura normalllll
    Já dos medicos brasileiros é usuallllll
    O corporativismo é sua postura!!!!
    Os medicos estrangeiros….e ñ só os cubanos irão desmacarar estes mafiosos de branco!!!!!

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  19. Só o fato de expor um documento confidencial sem permissão do paciente, já deve ser considerado anti-ético, independentemente do erro ou acerto do médico cubano. Pacientes são tratados como números. O facebook está cheio de fotos de receituários de pacientes sendo utilizados para desmoralizar colegas de profissão. Em nenhum momento esses profissionais conseguem raciocinar e agir eticamente? Divulgar documento de outros é ilegal e imoral.

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  20. nao gostei nada dos cubanos. tiraram meu ginecologista de muito anos do meu posto e colocaram cubana que não entendo nada e nem me examina! e precrevero 20 gotas de berotequi na inalacao do meu filho!! ele teve taquicardiaco!!

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