Pensei em escrever sobre a censura às biografias, só pensei

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Pensei em escrever sobre a proposta trazida a público pela empresária Paula Lavigne (esta que perdeu a razão tão fácil), que virou uma baita polêmica, debatida até mesmo na Feira de Frankfurt (e aqui). Mas me bateu muita preguiça de ver gente que nada entende de como é produzida uma biografia (que é material de jornalismo investigativo dos mais trabalhosos que existem) e que nada entende de como é difícil até sobreviver como escritor no Brasil vir defender a privacidade de figuras públicas sobre as quais elas adoram ler. Me bate preguiça ainda maior ver gente inteligente defendendo que exigir autorização prévia para publicação de um livro (o que subentende a possibilidade de desautorização, de autorização parcial, de autorização apenas após leitura, edição e cortes a bel-prazer das figuras públicas perfiladas em questão) não é censura. A defesa da livre publicação de retratos de personagens que ajudam a compor a história do nosso país (seja na cultura, na política ou no esporte, por exemplo) é um pilar tão básico e sagrado da minha profissão — e tão previsto em nossa Constituição — que chega a me abater ter que entrar nesse tipo de discussão. Assim como me abate ver tanto anacronismo em nossas leis, tanta contradição de códigos com os princípios básicos da democracia, que já estão previstos em nossa jovem Carta de 25 anos de idade.

Por isso, não vou aprofundar num debate que, para mim, nem deveria existir em uma democracia (e não existe, em outros países). Prefiro listar abaixo alguns textos que li, de gente muito mais inteligente e mais paciente do que eu:

Eu só digo uma coisa mais, para encerrar a questão: assisti ao show de Caetano, babando, extasiada de admiração. Desde que me inteirei de sua posição a respeito da censura prévia às biografias, não consigo nem mesmo ouvir uma música inteira dele tocando na rádio. Estou tomada por antipatia e ainda na esperança de que o grande músico e artista assuma a sabedoria de voltar atrás como pensador, voltar justamente àquela época em que ele bem defendeu a livre-prática do jornalismo, a livre-expressão e a real democracia neste país tão afeito a coisas escondidas e obscuras.

Gênio Angeli, na "Folha" de hoje.
Gênio Angeli, na “Folha” de hoje.

Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

14 comentários

  1. Faltou o link para o brilhante texto do Mário Magalhães. E essa polêmica já me fez engavetar (espero que provisoriamente) a biografia sobre o Toninho Guerreiro. Também não sei se ela me afeta em relação às “biografias” de campeonatos.

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  2. Compreendo o raciocínio do Djavan, reproduzido em alguns dos links postados(Suzana Singer p ex). O biógrafo se enche de dinheiro e o biografado fica só com a difamação e humilhação etc.

    MAS…

    Se a questão é difamação etc, pra isso não precisa biografia nem alguém ganhar dinheiro com ela. Estamos todos perdidos. E nem precisa de internet pra isso não. O que fizeram com o Simonal? O Mario Gomes? etc.

    E se a questão é dinheiro, de novo temos a discussão sobre indenização. Se o difamado conseguir o direito de ficar com uma parte da grana, resolve?

    ***
    E artista, quando fizer música citando alguém – em tom jocoso, sarcástico, “difâmico” rs – precisa consultar o “homenageado” pra ver se ele libera?

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    1. Vc viu a brincadeira da piauí sobre essa última questão? Alfinetam:

      “Orientado por Paula Lavigne, Leãozinho proibiu Caetano Veloso de citar o seu nome. “Dados biográficos de foro íntimo foram expostos de forma vil. Agora todo mundo sabe que sou um filhote de leão raio da manhã”, disse, caminhando sob o sol.

      Na mesma onda, Geni resolveu processar Chico Buarque. “Foram décadas sendo apedrejada, cuspida e acusada de me relacionar com qualquer um. Nunca autorizei a citação de meu nome em músicas biográficas. Chega!”, desabafou, partindo num enorme Zeppelin.” (http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald/cultura/leaozinho-exige-autorizacao-para-ser-citado-por-caetano-veloso)

      Nessas horas, só nos resta o bom humor 😀

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  3. Nem consegui ler todo o seu texto pois minha indignação é a tua e ficar relendo o que penso é pura bobagem. Esses desse movimento biografia-suja me assustam. Assim como o PT me assusta. São pessoas sem palavra, sim Caetano, Gil, Chico, e um monte de outros idiotas que se denominam músicos. Se uma biografia agredir um Chiquinho ou um Tom Jobim, que usem a justiça para dirimir as dúvidas, mas censura é coisa de gente que virou senil.. Que vergonha

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    1. O pior é quem ousa dizer que autorização prévia para apuração e publicação de uma biografia não é o mesmo que censura. Devem desconhecer completamente o conceito de chapa-branca! E assim seguimos com nossa fragilíssima democracia, com porcos cada dia mais parecidos com homens…

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  4. Este artigo do Janio de Freitas na Folha se estende sobre isso que escreveu Soninha Francine:

    Palavras sem algemas
    Por Janio de Freitas em 16/10/2013 na edição 768

    Reproduzido da Folha de S.Paulo, 15/10/2013; intertítulo do OI

    O debate em torno de biografias não autorizadas pelo biografado, ou por parente ainda que distante, começou por maus motivos e tomou impulso por motivos ainda piores.

    Uma ação coletiva de gente da música popular por direitos autorais, já razão de desavença na classe, absorveu o problema pessoal de um cantor que fez recolher e proibir sua biografia, e de repente sua tese passou a ser a do grupo amparado em nomes estelares.

    Quase automaticamente, o encobrimento de assuntos pessoais transformou-se em interesse financeiro, com propostas de participação do biografado nos pretensos ganhos de editoras e nos direitos autorais de escritores biográficos.

    Discutir liberdades e direitos com dinheiro como argumento, mesmo que fosse simples ingrediente, não dá. É medíocre demais e imoral demais. Ou um assunto ou outro. A menos que se queira discutir o sistema ocidental de vida, com a presença do dinheiro em absolutamente tudo. Não é o caso.

    Liberdades e direitos são fatores de construção e de exercício da democracia. Sem distinção de sua importância entre níveis culturais, classes econômicas, linhas políticas e indivíduos. O assunto de que se ocupam os cantores e compositores contrários a biografias não autorizadas, portanto, não se limita a biografias, e muito menos a eles e suas conveniências pessoais.

    Mau passo

    Se há biografias que traçam versões difamatórias, também a biografia correta é apenas uma versão, dada a impossibilidade definitiva de ser onisciente nos enredos de toda uma vida. A diferença, para as correntes que se opõem contra e a favor de biografias não autorizadas, é que os cerceadores caracterizam-se por duas peculiaridades: a negação da prevalência da lei sobre a calúnia, a injúria e a difamação, e a prepotência da pretendida eliminação a priori das liberdades autorais, mesmo que praticadas com cuidado e ética. Muito mais do que autorização e participações financeiras, trata-se de uma forma de negação da própria liberdade de palavra.

    Para fazê-los livres ou aprisionados em censuras oficiais ou particulares, do livro ao jornal o pulo é tão pequeno quanto –já vimos– do jornal ao livro. E do jornal e do livro ao teatro, ao cinema, e, se os experimentados mas esquecidos me permitem a lembrança, também à música popular. É sempre assim.

    Se consagrada a proibição não autorizada, em livro, do que uma celebridade julgue inconveniente a seu respeito, por que continuaria permitida a mesma publicação, sem prévio consentimento, em jornal e em revista? Ambos com tiragens e repercussão muito mais imediatas e maiores que as do livro. Os vitoriosos da primeira prepotência por certo passariam ao ataque à contradição. E assim em diante, mudando-se apenas as levas de interessados.

    A democracia tem dois defeitos básicos, entre inúmeros outros: não é perfeita e não admite brechas. Nela, todo mau passo se multiplica em outros maiores. E jamais são precisos muitos: o precipício nunca é distante.

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  5. Prezada Cristina,
    Dado o interesse demonstrado pela Carta Capital pelo debate acerca das biografias, tomo a liberdade de lhe enviar, abaixo, um manifesto, redigido por mim e assinado por 200 historiadores, biógrafos, intelectuais e professores universitários, em que reafirmamos os princípios de total liberdade para a pesquisa sobre os personagens históricos e divulgação sem prévia censura de seus resultados.
    Cordialmente,
    Marcelo Rede
    Departamento de História – USP

    No momento em que a Justiça brasileira discute o estatuto legal das biografias e que um amplo debate sobre a liberdade de pesquisa e de divulgação se estabelece no País, nós – historiadores, escritores, intelectuais e acadêmicos – vimos a público para expressar nosso apoio aos seguintes princípios.

    Liberdade para as biografias

    As vidas dos indivíduos são parte da história. As biografias são, portanto, formas de entender a realidade e não podem ser objeto de nenhum limite ou interdição. Castrar a biografia significa ferir mortalmente a compreensão das sociedades.

    O biógrafo deve poder interpretar seus personagens livremente, assim como o historiador escolhe e analisa os seus temas sem entraves ou imposições.

    O historiador não pede licença ao Estado ou aos partidos para escrever a história política; não solicita a benção de Igrejas ou templos para expor sua visão sobre a história das religiões; não depende de empresas ou corporações para analisar o fenômeno econômico. Do mesmo modo, o biógrafo não pode estar submetido à autorização do biografado para falar de seu personagem.

    A biografia não busca elogiar nem insultar, mas entender. O biógrafo deve ser livre para reconhecer e expor as virtudes e os defeitos dos atores da história, acima das sensibilidades pessoais ou dos interesses de qualquer natureza. A biografia pode ser inconveniente, mas jamais desonesta com os fatos.

    O respeito à privacidade não pode sobrepor-se ao interesse coletivo em se conhecer o passado e o presente. Cabe ao biógrafo distinguir criteriosamente entre a exposição inútil da vida pessoal e os detalhes significantes para a explicação do contexto.

    A biografia não é uma invasão da vida alheia, mas um procedimento de análise sério e metódico, fundado em documentos e depoimentos, que visa a estabelecer as relações entre os personagens e sua época.

    As trajetórias pessoais não são uma mercadoria. O direito de escrever sobre elas não deve ser objeto de negociações ou de contratos comerciais. A mercantilização dos temas e dos personagens históricos compromete a independência do autor.

    A biografia não é uma causa jurídica. Não pode ser controlada pelos legisladores nem cerceada pelos tribunais. O Estado brasileiro já dispõe de amplo aparato legal para corrigir e coibir os eventuais abusos e desvios de uma biografia, sem necessidade de recorrer à censura prévia.

    Em um Estado democrático e livre, a biografia e a história não podem ser reféns da censura privada ou de Estado, nem podem ser asfixiadas pelo medo de processos e de sanções indevidas. Negar isso seria transformar a biografia em peça de propaganda dos indivíduos biografados ou em veículo de uma verdade oficial.

    A liberdade para as biografias é, em suma, parte da liberdade de expressão. É imperioso que sejam garantidas as condições de pesquisa e de divulgação de seus resultados.

    SIGNATÁRIOS

    1. Adrián Pablo Fanjul – Professor da USP

    2. Aldrin Castellucci – Historiador – Professor da UNEB

    3. Alessandra Pellegrino Negrão – Historiadora e Jornalista – UCSAL

    4. Alex Degan – Historiador – Professor da UFTM

    5. Alexandre Galvão Carvalho – Historiador – Professor da UESB

    6. Alfredo Bosi – Professor da USP – Membro da Academia Brasileira de Letras

    7. Aline Vieira de Carvalho – Laboratório de Arqueologia Pública – UNICAMP

    8. Alípio de Sousa Filho – Cientista Social – Professor da UFRN

    9. Álvaro de Vita – Professor da USP

    10. Ana Chrystina Mignot – Professora da UERJ

    11. Ana Claudia Perpétuo de Oliveira da Silva – Professora da UFSC

    12. Ana Lívia Bomfim Vieira – Historiadora – Professora da U. Estadual do Maranhão

    13. Ana Luce Girão Soares de Lima – Historiadora – Pesquisadora da FIOCRUZ

    14. Ana Paula Megiani – Historiadora – Professora da USP

    15. Anamaria Marcon Venson – Historiadora – UFSC

    16. Angela Alonso – Socióloga – Professora da USP-CEBRAP

    17. Angélica Müller – Historiadora – Professora da Universidade Salgado de Oliveira

    18. Anibal Bragança – Historiador – Professor da UFF

    19. Antonio Andrade – Professor da UFRJ

    20. Antonio Dimas – Professor da USP

    21. Antonio José Barbosa – Historiador – Professor UnB

    22. Arthur Alfaix Assis – Historiador – Professor da UnB

    23. Benito Bisso Schmidt – Historiador – Professor da UFRGS

    24. Breno Battistin Sebastiani – Professor da USP

    25. Cândido Domingues – Historiador – Professor da UNEB

    26. Carla Maria Carvalho de Almeida – Historiadora – Professora da UFJF

    27. Carla Renata Antunes de Souza Gomes – Historiadora – Professora da FTSG

    28. Carlos Augusto Ribeiro Machado – Historiador – Professor da USP

    29. Carlos de Almeida Prado Bacellar – Historiador – Professor da USP

    30. Carlos Eduardo Vidigal – Historiador – Professor da UnB

    31. Carlos Henrique Barbosa Gonçalves – Historiador da Ciência – Professor da USP

    32. Caroline Jaques Cubas – Historiadora – UFSC

    33. Celso Taveira – Historiador – Professor da UFOP

    34. Chiara Vangelista – Historiadora – Professora da Universidade de Gênova

    35. Claudete Beise Ulrich – Coordenadora de estudos – U. De Hamburgo

    36. Cláudia Schemes – Historiadora – Professora da FEEVALE

    37. Cláudia Viscardi – Historiadora – Professora da UFJF

    38. Claudio Henrique de Moraes Batalha – Historiador – Professor da UNICAMP

    39. Cloves Macêdo Neto – Pesquisador – UFBA

    40. Cristiano Roque Antunes Barreira – Psicólogo – Professor da USP

    41. Cristina Scheibe Wolff – Historiadora – Professora da UFSC

    42. Daiana Crús Chagas – Historiadora – Escola Politécnica Joaquim Venâncio

    43. Daniel Aarão Reis – Historiador – Professor da UFF

    44. Daniel Barbosa Andrade de Faria – Historiador – Professor da UnB

    45. Debora Bastos – Historiadora – UFJF

    46. Débora El-Jaick Andrade – Historiadora – Professora da UFF

    47. Diogo Jorge de Melo – Historiador – Professor da UFPA

    48. Diogo Ramada Curto – Historiador – Universidade Nova de Lisboa

    49. Edgar de Decca – Historiador – Professor da UNICAMP

    50. Edilece Souza Couto – Historiadora – Professora da UFBA

    51. Eduardo H. B. Vasconcelos – Historiador – Professor da UEG

    52. Eliana de Freitas Dutra – Historiadora – Professora da UFMG

    53. Elizabeth Abrantes – Historiadora – Professora da UEMA

    54. Elizabeth Cancelli – Historiadora – Professora da USP

    55. Elza Filgueiras – Pesquisadora do Museu de Arte do Espírito Santo

    56. Erivaldo Fagundes Neves – Historiador – Professor da UEFS

    57. Estevão de Rezende Martins – Historiador – Professor da UnB

    58. Fabrina Magalhães Pinto – Historiadora – Professora da UFF

    59. Fatima Pivetta – Pesquisadora da FIOCRUZ

    60. Felipe Spadari da Silva – Historiador – Centro de Documentação e Memória Maurício Grabois

    61. Fernando Teixeira da Silva – Historiador – Professor da UNICAMP

    62. Francisco Alambert – Historiador – Professor da USP

    63. Francisco Alcides do Nascimento – Historiador – Professor da UFPI

    64. Francisco Bethencourt – Historiador – Professor do King’s College London

    65. Francisco Carlos Palomanes Martinho – Historiador – Professor da USP

    66. Francisco Marshall – Historiador – Professor da UFRGS

    67. François Dosse – Historiador – Professor da Universidade de Paris-XII

    68. Gabriela Pellegrino Soares – Historiadora – Professora da USP

    69. Gislene Aparecida dos Santos – Geógrafa – Professora da UFPR

    70. Giuliana Ragusa – Professora da USP

    71. Gláucia de Oliveira Assis – Antropóloga – Professora da UDESC

    72. Graciela Foglia – Professora da UNIFESP

    73. Heloisa Maria Murgel Starling – Historiadora – Professora da UFMG

    74. Heloisa Pontes – Antropóloga – Professora da UNICAMP

    75. Henrique Mondanez de Sant’Anna – Historiador – Professor da UnB

    76. Ione Oliveira – Historiadora – Professora da UnB

    77. Iris Kantor – Historiadora – Professora da USP

    78. Izabel Andrade Marson – Historiadora – Professora da UNICAMP

    79. Jacqueline Hermann – Historiadora – Professora da UFRJ

    80. Jacyntho Lins Brandão – Professor da UFMG

    81. Jefferson José Queler – Historiador – Professor da UFOP

    82. Joana Maria Pedro – Historiadora – Professora da UFSC

    83. João Fábio Bertonha – Historiador – Professor da U. Estadual de Maringá

    84. João José Reis – Historiador – Professor da UFBA

    85. Jorge Coli – Historiador – Professor da UNICAMP

    86. Jorge Ferreira – Historiador – Professor da UFF

    87. José Murilo de Carvalho – Historiador – Academia Brasileira de Letras

    88. José Otávio Guimarães – Historiador – Professor da UnB

    89. Josianne Francia Cerasoli – Historiadora – Professora da UNICAMP

    90. Juliana Rodrigues Lucena – Historiadora – Professora da Faculdade Líder

    91. Juliano Custódio Sobrinho – Professor da Uninove

    92. Julio Cesar Magalhães de Oliveira – Historiador – Professor da USP

    93. Júlio Pimentel Pinto – Historiador – Professor da USP

    94. Junia Ferreira Furtado – historiadora – Professora da UFMG

    95. Kátia Pozzer – Historiadora – Professora da ULBRA

    96. Keila Grinberg – Historiadora – Professora da UNIRIO

    97. Larissa Rosa Correa –Historiadora – Instituto Internacional de História Social de Amsterdam

    98. Laura de Mello e Souza – Historiadora – Professora da USP

    99. Leandro Ranieri – Professor da UFSCar

    100. Lenira Zancan – Pesquisadora da FIOCRUZ

    101. Lia Gomes Pinto de Sousa – Historiadora – FIOCRUZ

    102. Lídia Cunha – Historiadora – Professora da UESB

    103. Lídia Maria Vianna Possas – Historiadora – Professora da UNESP

    104. Lúcia Guimarães – Historiadora – Professora da UERJ

    105. Luiz Bernardo Pericás – Historiador – Professor da USP

    106. Luiz Carlos Soares – Historiador – Professor da UFF

    107. Luiz Cláudio Machado – Historiador

    108. Luiz Eduardo Catta – Historiador – Professor da UNIOESTE

    109. Luiz Estevam de Oliveira Fernandes, Historiador – Professor da UFOP

    110. Luiz Mott – Antropólogo – Professor da UFBA

    111. Luiz Teixeira – Historiador – Pesquisador da FIOCRUZ

    112. Maciel Henrique Carneiro da Silva – Historiador – Professor do IFPE

    113. Mafalda Cunha – Historiadora – Professora da Universidade de Évora

    114. Marcelo Cândido da Silva – Historiador – Professor da USP

    115. Marcelo Rede – Historiador – Professor da USP

    116. Márcia Maria Menendes Motta – Historiadora – Professora da UFF

    117. Márcio de Souza Soares – Historiador – Professor da UFF

    118. Márcio Souza Gonçalves – Professor da UERJ

    119. Marco Antonio Silveira – Historiador – Professor da UFOP

    120. Marcos Fábio Freire Montysuma – Historiador – Professor da UFSC

    121. Marcos Martinho – Professor da USP

    122. Marcos Napolitano – Historiador – Professor da USP

    123. Margareth Rago – Historiadora – Professora da UNICAMP

    124. Maria Carolina Bissoto – Consultora – Comissão de Anistia – Ministério da Justiça

    125. Maria Clementina Pereira Cunha – Historiadora – Professora da UNICAMP

    126. Maria Cristina Pereira – Historiadora – Professora da USP

    127. Maria Helena P. T. Machado – Historiadora – Professora da USP

    128. Maria Helena Rolim Capelato – Historiadora – Professora da USP

    129. Maria Lêda Oliveira – Historiadora – Professora da USP

    130. Maria Paula Nascimento Araujo – Historiadora – Professora da UFRJ

    131. Maria Rosa Dória Ribeiro – Historiadora – Fulbright Scholar – College of New Rochelle

    132. Maria Stella Martin Bresciani – Historiadora – Professora da UNICAMP

    133. Maria Valéria Barbosa – Arquivista – UNICAMP

    134. Mariângela Nogueira – Tradutora

    135. Marilia Barcellos – Professora da UFSM

    136. Marina de Mello e Souza – Historiadora – Professora da USP

    137. Marineide de Oliveira Gomes – Professora da UNIFESP

    138. Mariza do Carmo Rodrigues – Historiadora – Professora da UNEB

    139. Mary del Priore – Historiadora – Professora da Universidade Salgado de Oliveira

    140. Mary Junqueira – Historiadora – Professora da USP

    141. Mateus H. F. Pereira – Historiador – Professor da UFOP

    142. Maurício Cardoso – Historiador – Professor da USP

    143. Maximus Santiago – Médico – Professor da UFF

    144. Milton Guran – Professor da UFF

    145. Moacir Rodrigo de Castro Maia – Historiador – Professor da UFRJ

    146. Monica Duarte Dantas – Historiadora – Professora da USP

    147. Nara Azevedo – Historiadora – Pesquisadora da FIOCRUZ

    148. Neide Elias – Professora da UNIFESP

    149. Neri de Barros Almeida – Historiadora – Professora da UNICAMP

    150. Nikelen Acosta Witter – Historiadora – Centro Universitário Franciscano

    151. Nivaldo Rodrigues da Silva Filho – Professor da UEPB

    152. Orávio de Campos – Núcleo de Arte e Cultura

    153. Orlando Luiz de Araújo – Historiador – Professor da UFCE

    154. Patrícia Melo Sampaio – Historiadora – Professora da UFAM

    155. Patrícia Santos Hansen – Historiadora – Universidade de Lisboa

    156. Paulo Elian – Historiador – Pesquisador da FIOCRUZ

    157. Paulo Fontes – Historiador – Professor do CPDOC-FGV

    158. Pedro Ernesto Fagundes – Professor da UFES

    159. Peter Robert Demant – Historiador – Professor da USP

    160. Priscila Musquim Alcântara – Historiadora – UFJF

    161. Rachel Soihet – Historiadora – Professora da UFF

    162. Raquel Glezer – Historiadora – Professora da USP

    163. Regina Dantas – Historiadora – Professora da UFRJ

    164. Renato da Silveira – Professor da UFBA

    165. Renato Lessa – Cientista Político – Presidente da Biblioteca Nacional

    166. Renato Pinto Venâncio – Professor de Arquivologia da UFMG

    167. Ricardo Figueiredo de Castro – Historiador – Professor da UFRJ

    168. Ricardo Henrique Salles – Historiador – Professor da UNIRIO

    169. Ricardo Lima – Jornalista – Coordenador da Editora da UNICAMP

    170. Rita de Cássia da Silva Almico – Professora da UFF

    171. Robert W. Slenes – Historiador – Professor da UNICAMP

    172. Ronald Raminelli – Historiador – Professor da UFF

    173. Ronaldo Vainfas – Historiador – Professor da UFF

    174. Sandra Reimão – Professora da USP

    175. Sérgio Alcides – Professor da UFMG

    176. Sérgio da Mata – Historiador – Professor da UFOP

    177. Sidney Chalhoub – Historiador – Professor da UNICAMP

    178. Silvana Rubino – Historiadora – Professora da UNICAMP

    179. Silvia Hunold Lara – Historiadora – Professora da UNICAMP

    180. Sonia Faerstein – Professora da UERJ

    181. Stuart B Schwartz – Historiador – Professor da Universidade de Yale

    182. Suzana Chwartz – Professora da USP

    183. Tânia Mara Pereira Vasconcelos – Historiadora – Professora da UNEB

    184. Tania Maria Dias Fernandes – Pesquisadora da FIOCRUZ

    185. Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira – Historiadora – Professora da UERJ

    186. Tânia Salgada Pimenta – Pesquisadora da FIOCRUZ

    187. Teresa Cristina de Novaes Marques – Historiadora – professora da UnB

    188. Teresa Cristófani Barreto – Professora da USP

    189. Théo Lobarinhas Pinero – Historiador – Professor da UFF

    190. Thiago Rattes de Andrade – Historiador – UFJF

    191. Thomás Haddad – Historiador da Ciência – Professor da USP

    192. Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses – Historiador – Professor Emérito da USP

    193. Valéria Andrade – Professora da UFCG

    194. Valéria Gomes da Costa – Historiadora – Professora da Faculdade Anglo Líder

    195. Vanda Arantes do Vale – Historiadora – Professora da UFJF

    196. Vânia Vasconcelos – Historiadora – Professora da UNEB

    197. Vavy Pacheco Borges – Historiadora – Professora aposentada da Unicamp

    198. Vima Lia de Rossi Martin – Professora da USP

    199. Walter Fraga – Historiador – Professor da UFRB

    200. Yara Aparecida Couto – Professora da UFSCar

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