Meu pequeno paraíso (e viva a Gavião!)

Hoje quero me redimir daquele post que fiz sobre a Serra do Cipó, em dezembro do ano passado, que maculou a imagem da Cachoeira Gavião e do Parque Nacional.

É que hoje, vejam bem, acordei com este céu:

Baita diferença, né? (Fotos: CMC)

E foi este céu que encontrei ao chegar no meu pequeno paraíso, depois de muito tempo “garrada” no trânsito de Lagoa Santa (algum engenheiro de tráfego pelamordideus vai lá mudar o tempo desregulado daqueles sinais??):

Com a confiança de que uma nuvem colorida assim jamais nos pregaria uma tromba d’água (e a época de chuva já acabou em Minas), decidimos ir da Padaria do Cipó direto para a Gavião. Afinal, lá se vão três anos desde aquele trauma que passei por lá.

Desta vez, muito diferentemente daquela, havia, sim, uma portaria na entrada da trilha mais próxima para a Gavião. Com plaquinha anunciando a responsabilidade do governo federal sobre o parque, com porteiro, com direito a termos nossos nomes anotados para conferir se voltamos antes do anoitecer, com helicóptero da polícia federal vistoriando acampamentos irregulares – enfim, tudo o que não havia em fevereiro de 2008 e que agravou nosso problema na época estava lá, hoje, bonitinho.

E assim, começamos nossa caminhada por uma trilha de 7 km, interrompida por pequenos cursos d’água ótimos pra molhar o pé e acompanhada pelo rio que sai da cachoeira (e que, desta vez, não se tornou o rio Amazonas ;)).

As montanhas que nos guiaram por todo o trajeto.
“Sempre-viva”, flor típica do cerrado da Serra.

Por fim, chegamos à nossa Gavião. Desta vez (ainda bem!), minguadinha (comparem com a foto do outro post). Mas o poço ótimo para nadar!

Depois que o sol saiu do poço, a pedra ficou dourada 🙂

Ficamos lá até umas 16h30, porque a caminhada da volta prometia ser mais lenta (e foi beeeem mais, depois que meu chinelo esquerdo arrebentou e tive que andar arrastando o pé…). Mas isso não foi um problema, pelo contrário. Andamos apreciando a natureza e o brilho alaranjado, o mais bonito, que o sol joga na paisagem durante o entardecer:

Quando a trilha já estava no fim, 14 km depois, eis que vemos este sol:

E, na volta, já noite fechada, o céu estrelado é indescritível e infotografável. É aquele céu impossível nas cidades grandes, ainda mais em dia de lua cheia como esta que me espia da janela enquanto bato este post, já com saudades do meu pequeno paraíso…

Sempre voltarei, querida Serra do Cipó, e espero que da próxima eu possa voltar com mais tempo 🙂

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Por Cristina Moreno de Castro (kikacastro)

Mineira de Beagá, jornalista (passagem por Folha de S.Paulo, g1 e TV Globo, UOL, O Tempo etc), blogueira há 20 anos, amante dos livros, poeta, cinéfila, blueseira, atleticana, politizada, otimista, aprendendo desde 2015 a ser a melhor mãe do mundo para o Luiz. Antirracista e antifascista.

8 comentários

  1. Que lindo paraíso, Cristina. Obrigado pelo presente que está nos dando. Estou com inveja doce dessa caminhada (ah, falar nisso, não se deve caminhar de chinelos, use tenis ou bota-tenis hehehe). Parabéns pelas fotos, estão muito bonitas. Abraços.

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  2. Muito bonito, já conhecia a gavião Cris! Depois você podia passar mais uns roteiros da serra do cipó, você que é grande conhecedora de lá, rs. Eu conheço pouco. Tá aí, uma sugestão de post que você me pediu uns dois meses atrás, hehe.

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  3. Cris, estou devendo uma ida à Serra do Cipó, que conheço apenas do ar, num sobrevôo de meados da década de 70. De cima, ela me encantou. Como me encanta agora, com suas fotos e suas descrições da serra. Ainda vou lá, um dia – para cumprir uma promessa que venho fazendo há pelo menos 50 anos (será por que acontecem coisas assim?).

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  4. oi ..
    Muito obrigado por compartilhar os pensamentos úteis através de tais blog.I fez um bom aprendi muito. Manter a postagem no futuro próximo também!

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